Um
dos macacos mais ameaçados do planeta está em São José dos Campos! O seu nome
científico é Callithrix aurita e os populares são sagui-da-serra-escuro e
sagui-caveirinha. Eles vivem em “manchinhas de mata” que chamamos de fragmentos
urbanos.
Créditos: Laila Santana / Ecomuseu dos Campos de São José: reflorestando a trilha do Callithrix aurita |
Mas
então do que se alimentam os saguis? De insetos, pequenos vertebrados
(lagartos, sapos), fungos que crescem nos bambuzais que eles tanto gostam de utilizar,
frutos e até um pouco de goma ou resina que eles conseguem extrair de algumas
árvores. Eles estão, portanto, sobrevivendo, interagindo com outros elementos
da flora e da fauna e realizando a dispersão de sementes, auxiliando na
regeneração das florestas degradadas.
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Créditos: Lucas Coelho / Ecomuseu dos Campos de São José: reflorestando a trilha do Callithrix aurita |
Então
não é necessário fazer nada? De modo algum! Precisamos sim e há algumas
possibilidades: participar de eventos de plantio de árvores nativas onde eles
ocorrem (com ênfase para frutíferas que servem de alimento para os saguis); preservar
os bambuzais e matas à beira dos cursos d’água que eles tanto usam; solicitar
projetos de recuperação de nossos córregos poluídos; colaborar ativamente com
um projeto desenvolvido há três anos pela Prefeitura de São José dos Campos em
parceria com a Universidade Federal de Viçosa, Ecomuseu dos Campos de São José,
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e Universidade do Vale
do Paraíba.
Créditos: Laila Santana / Ecomuseu dos Campos de São José: reflorestando a trilha do Callithrix aurita |
Este
projeto está em andamento e, entre 2024-2027, conta com recursos do projeto
Ecomuseu dos Campos de São José: reflorestando a trilha do Callithrix aurita”,
realizado pelo Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP) em parceria com a
Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental. Esse projeto tem como
objetivo continuar o mapeamento dos saguis, verificar suas condições de
existência, quais os perigos que enfrentam e quais ações precisam ser tomadas
para protegê-los.
Seja
um parceiro desse projeto! Receba os pesquisadores, compartilhe as informações que
puder e faça contato em caso de atropelamentos, eletrocussão em fios de alta
tensão ou outra problemática envolvendo os saguis. Telefone para contato: (12)
98899-5904; e-mail: ecomuseu@cecp.org.br.
Respondendo
à pergunta do título: as matas de São José dos Campos não estão vazias! Há
muita vida lutando para sobreviver nessas florestas degradadas que, se não
forem cuidadas, aí sim se tornarão vazias. Um forte candidato a desaparecer rapidamente
é o sagui-caveirinha, caso não nos atentarmos aos cuidados que devemos ter com
ele. Podemos contar com você?