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22 março 2022

DIA MUNDIAL DA ÁGUA. VAMOS CUIDAR DESTE RECURSO TÃO PRECIOSO

Foto: Lucas Lacaz Ruiz

Hoje é Dia Mundial da Água, recurso tão importante para todos os seres. Em proporções bem parecidas, compõe o corpo humano e o planeta. Água é vida!

Estamos acompanhando o quanto o desequilíbrio entre a água e  meio ambiente pode ser catastrófico. Tanto a falta quanto o excesso dela provocam tragédias na humanidade.

O ecomuseu dos campos de São José, em consonância com o tempo presente e com o sentido de urgência em que vivemos, tem promovido, em parceria com a Petrobras, ações que buscam gerar equilíbrio entre pessoas e o meio. São ações diretas, como mobilização comunitária, mutirões de limpeza de áreas verdes e corpos d'água, plantios de árvores em áreas públicas, educação ambiental e patrimonial.  

Em atenção ao Dia Mundial da Água, o ecomuseu preparou uma programação direcionada especialmente ao tema.

CONFIRA ABAIXO E PARTICIPE TAMBÉM:

- 17/03 aconteceu o Sarau Virtual, com tema Terra, planeta água! Os participantes puderam cantar, declamar poesias, debater sobre questões relacionadas a este tema. Foi um encontro muito rico, participantes de Paraibuna, Palmas e São José dos Campos estiveram presentes.

- 19/03 foi dia de mutirão de limpeza no Pousada do Vale, em parceria com grupo de escoteiro Aymorés. Preparamos o terreno para receber o plantio de mudas que acontecerá dia 25/03, no mesmo local.

- 24/03 será a vez da Florestinha, agrofloresta fomentada pelo ecomuseu junto de moradores dos Campos de São José, receber mudas. Fomentar e preservar florestas é preservar a água, pois são produtoras de água e protetoras dos rios.

- 26/03 no Parque Alambari, nos Campos de São José, acontece a Feira de Saberes e Fazeres, além da exposição de artesanatos, também haverá oficinas de ecolimpeza e ecocarimbo, com a produção de produtos alternativos e sustentáveis, assim como, educação ambiental a respeito de produtos de limpeza que poluem a água.

- Para encerrar a programação do Dia Mundial da Água, acontecerá o curso de captação de água da chuva, nos dias 02 e 09/04, no núcleo do ecomuseu. Oficina prática de como montar um sistema de captação e educação ambiental, para economizar e usar de forma responsável este recurso.

Quer saber mais e participar das ações do ecomuseu, para juntos construirmos um futuro melhor? Nos acompanhe nas redes sociais e saiba mais

instagram.com/ecomuseucsj/  |  facebook.com/ecomuseusjc    

https://ecomuseusjc.blogspot.com/

O projeto Ecomuseu dos Campos de São José é uma realização do Centro de Estudos da Cultura Popular - CECP - com apoio da Prefeitura de São José dos Campos e GestBio – Soluções Ambientais, em parceria com a Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

23 junho 2020

Agrofloresta no Parque Alambari - parte 3

Dando sequência à história da Agrofloresta do Parque Alambari, estamos no ano de 2017. Nesta época ainda chamávamos o local de Fazendinha, pois foi assim que a Vitória, neta do Vicente, nomeou o local onde seu avô passava grande parte do tempo.
Neste período, embora sem qualquer patrocínio, as atividades no espaço continuaram... mesmo que em passo mais lento.
As mulheres da vizinhança assumiram o trabalho e definiram o Espaço das Meninas, onde começaram a organizar os canteiros e fazer seus cultivos. Realinhamos o trabalho com novos parceiros, como o prof. Edvaldo, da Univap, e o pessoal da Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade.







Agrofloresta no Parque Alambari - parte 2

Falar da recuperação de parte da mata ciliar do córrego Alambari é emocionante demais! Nos faz lembrar do amigo Vicente Corrá, de sua alegria e perseverança em cuidar daquele espaço. Nos faz lembrar também da força dessa vizinhança que não deixou se abater em momentos de grande dificuldade para continuar o cuidado desse espaço público fundamental para a vida de tantos seres. Só temos que agradecer! É lista é enorme, mas deixo em destaque os nomes de Eliana e Sérgio Sena, Ivone e Vicente, Élio e Terezinha, Josefa e Rafael, Josefa e Agmar.

Essa história começou em 2015, quando iniciamos o Projeto Ecomuseu no Campos de São José. Durante as rodas de conversa, os moradores participantes levavam os objetos frutos dos seus saberes e fazeres, como blusas de crochê, tapetes de fuxico, cestos de bambu, pinturas de paisagens, bolos e doces.












Certo dia, o Vicente e o seu Élio comentaram a respeito de seus saberes da roça, e que não podiam trazer a vaca para mostrar como eles tiravam leite. Conversa vai, conversa vem, comentaram sobre a vontade de cultivar uma horta comunitária em frente à suas casas, bem na área de mata ciliar do córrego Alambari.

Sabendo que ali era uma área pública e de preservação, convidamos o pessoal da divisão de Educação Ambiental da Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade, que naquela época se chamava Secretaria do Meio Ambiente, e começamos uma conversa sobre a possibilidade de fazer um plantio de horta ali, às margens do Alambari.

Participação de Elisa Farinha, da SEURBS, na roda de conversa do Ecomuseu, em agosto de 2015.











Visita de campo de Luciano e Rosana, da SEURBS, para verificar a possibilidade de cultivo de horta comunitária. A visita ocorreu em setembro de 2015. Também participaram Olinda e Ricardo, agentes comunitários de saúde da UBS do CSJ

Feita a visita, a resposta que recebemos nos surpreendeu. Sim, os moradores poderiam cultivar ali... Mas, tinham que topar uma condição: que fosse cultivada não uma horta, mas uma agrofloresta. Por se tratar de uma Área de Preservação Permanente, a conhecida APP, era preciso recuperar a mata, e isso poderia ser feito em consórcio com os gêneros alimentícios.

Os moradores toparam e em novembro de 2015 recebemos as primeiras mudas de árvores para ser plantadas. Nessas primeiras etapas, tudo ficou a cargo dos moradores: preparar o terreno com roçada, abrir os berços, cercar contra invasão de gado, plantar as árvores, adubar, regar. No meio de tudo isso, a horta.
























Cenas da primeira etapa de plantio


Depois veio a questão da água, pois ficava caro para os moradores bancar a água para os cultivos. Discutimos estratégias e ficou combinado que faríamos captação de água de chuva. É claro que em pequena escala, devido às restrições orçamentárias e de espaço para instalação da bombona. Seria um projeto piloto. E assim foi. O Vicente e a Ivone cederam, a princípio, o quintal de sua casa para a instalação da mini cisterna, depois o Sena e a Eliana fizeram uma instalação na casa deles também. A água captada não foi suficiente, especialmente porque nosso reservatório era pequeno, mas ajudou bastante e mostrou que, sim, era possível captar água da chuva.
Tivemos novamente o intercâmbio com o pessoal da Educação Ambiental da Prefeitura, que nos ajudou num projeto piloto de compostagem e foi nos dando consultorias técnicas para seguir com as ações. Elisa, Luciano e Rosana sempre nos receberam com muito carinho e atenção. Conseguiram até fornecer materiais para a construção de uma composteira de paletes e mais mudas de árvores nativas.





Visita do Ecomuseu ao Parque da Cidade, 2016.








Colocação de placas de identificação das plantas na Fazendinha, nome dado ao local de plantio dos moradores do CSJ







Visita ao projeto de compostagem do Parque da Cidade e montagem da composteira no CSJ