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19 junho 2020

Horta Comunitária na rua Isabel Nunes - parte 4

Para encerrar, por enquanto, as postagens acerca das ações na rua Isabel Nunes, no Campos de São José, seguem os vídeos do Dia de Campo que aconteceu em 14 de dezembro de 2019, na comemoração do 1º ano de ações de agricultura urbana no local.

Assistam:

Parte 1 -
 



Parte 2 -



18 junho 2020

Horta Comunitária na rua Isabel Nunes - parte 3

Após a inauguração do espaço de horta comunitária na rua Isabel Nunes, o trabalho só começou. Embora a equipe do Ecomuseu tivesse outras ações para realizar, os moradores tocaram o barco (e continuam tocando). Vez ou outra conseguimos colocar na programação do Ecomuseu mutirões e atividades envolvendo a área. Neste período, porém, tivemos o empenho do engenheiro ambiental Marcelo Cunha, que assistiu todas as atividades de agricultura urbana do Ecomuseu. Sem contar ainda o empenho do restante da equipe do Ecomuseu: Tiane, Juliana, Raquel, Desirée, Fábio e Mariana (estagiária).












No primeiro e no segundo semestre de 2019 os alunos do curso de Biomedicina da Univap, amparados pelos professores Edvaldo, José Benício, Sônia e Regina, estiveram participando de atividades no Campos de São José e no Jardim Americano e conheceram o trabalho do pessoal da Isabel Nunes, bem como os moradores envolvidos. Foram vários momentos de encontro.

 
Apresentação do Projeto Ecomuseu+ para os alunos na Univap



Visita dos alunos ao Campos de São José. Reconhecimento do território e da comunidade


Apresentação dos trabalhos dos alunos na Univap, com participação dos moradores do CSJ





Coleta de água do rio Alambari para análise laboratorial


No segundo semestre, os alunos retornaram para o Campos de São José. Dessa vez houve uma aproximação com o pessoal da UBS (do CSJ e Jardim Americano).

Reunião na UBS do Jardim Americano com a presença do prof. José Benício, da Univap, Maria Lúcia, da UBS local, Maria, do Ecomuseu, Elisa, da SEURBS, Bethinha, da Secretaria Municipal de Saúde, Rosielne, moradora do Jardim Americano e Fábio, do Ecomuseu
Também as atividades com a Univap aconteceram ao longo do semestre letivo, desde a apresentação do Projeto para os alunos, visita dos moradores e Agentes Comunitários de Saúde à Univap, reconhecimento de campo, pesquisa diagnóstica e devolutiva.
Foi um processo muito importante para os participantes do Ecomuseu e, acreditamos, para os universitários, pois além permitir o diálogo desses dois grupos comumente desconectados, aproximou os moradores do conhecimento científico, fato de grande relevância para o contexto atual do Brasil.

Seguem mais algumas fotografias:


 









Devolutiva dos alunos na UBS do Jardim Americano, em novembro de 2019.

Horta Comunitária na rua Isabel Nunes - parte 1

O Campos de São José é um bairro grande, populoso e limítrofe entre a zona urbana e a zona rural, ou seja, embora urbanizado, ali pertinho, no tempo e no espaço, tem roça, tem gado e plantações. O Campos de São José, além disto, é habitado por muitas pessoas que vieram da roça ou de cidades pequeninas, onde costumavam cultivar gêneros alimentícios, mas há também quem nunca plantou.
No Campos de São José tem áreas públicas vizinhas de dutos da Transpetro que carregam produtos petrolíferos que vem da base em São Sebastião para a Revap, em São José dos Campos. Essas áreas costumam ficar sem cuidados, pois não são utilizadas. Tornam-se, assim, áreas propícias para o descarte de entulhos de variados tipos, mato alto, esconderijo de animais e outros. Alguns vizinhos, porém, usam um pedaço desse espaço como extensão do quintal de casa e passam a cuidar dele como cuidam de sua casa: limpam, plantam, instalam banquinhos.

Lá no Campos de São José vive um pessoal, ali na rua Isabel Nunes dos Santos Guimarães esquina com a Hanna Youseff Chabchoul e redondezas, que, em 2018, conheceu o Ecomuseu dos Campos de São José e o trabalho que já vinha sendo desenvolvido desde 2015 no bairro.

O Donizetti Bueno foi a primeiro a participar de uma roda de conversa, atividade da programação do Ecomuseu.

Roda de conversa na casa da Lia, no dia 12 de junho de 2018. Donizetti está agachado no centro da fotografia.

Ele foi conhecer o pessoal da Fazendinha e saber do histórico daquela atividade ali. O diálogo foi sendo fortalecido, a equipe do Ecomuseu foi conhecer os demais moradores, a d. Dirce, seu Tião, Fábio, Robson, Dorival, Rosana e sua família. Os contatos foram aumentado, as possibilidades sendo criadas.
A ideia de limpar o entulho e cultivar uma horta comunitária surgiu. Mas como fazer isso num terreno público, sujo, com erosão e terra empobrecida?


Diálogos com a divisão de Educação Ambiental da Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade (SEURBS), Secretaria de Manutenção da Cidade (SMC), Departamento de Relações Comunitárias, Univap, Transpetro, Revap foram frutíferos. Ao longo dos últimos 2 anos o Ecomuseu forneceu apoio material para a construção e manutenção das hortas, comprando ferramentas, materiais, mudas e outros insumos. Colocou em sua programação os Mutirões de limpeza, cuidado, manutenção, plantio.

Tudo isto disparou (e foi disparado por) um sentido de coletividade nos moradores do entorno que passaram a se mobilizar espontaneamente para conseguir outros materiais, como adubo, terra, arame, tela, e passaram a realizar mutirões frequentes e espontâneos, nos finais de semana e feriados, para cultivar os trechos de horta.

A SEURBS apoiou e intermediou a instalação de um ponto de água do terreno, sendo feita a colocação do registro em dezembro de 2019. Entre 2018 e 2019, portanto, a água para o cultivo foi doada pelos moradores.

As ações no território começaram em setembro de 2018, com a limpeza qualificada da área, num dia em que a comunidade, junto com funcionários da prefeitura, retirou tijolos, madeira, tecido, colchões e outros materiais dos terrenos. Em seguida, a prefeitura realizou a limpeza bruta, com máquinas propícias e pessoal qualificado. A partir daí, em 15 de dezembro de 2018, realizou-se o primeiro mutirão de roçada e limpeza da programação do Ecomuseu.






 
















Depois de limpo e roçado, o terreno foi cercado para proteção das mudas contra animais, pois no Campos de São José é comum ter cavalos e vacas pastando por ali, além de gatos e cachorros que poderiam prejudicar os plantios. Com tudo preparado, iniciou-se o cuidado com a terra e o plantio das mudas doadas pelo seu Tião, que já costumava plantar num espaço próximo, porém, uma propriedade particular. Seu Tião e d. Dirce foram responsáveis por esse primeiro cultivo, porém, Robson, Fábio, Dorival, Donizetti, Wesley e outros moradores dali também tiveram sua mão obra empenhada na colocação dos mourões e cerca, além das barreiras de pneus que foram colocadas em pontos estratégicos para impedir a descida abrupta da água de chuva não canalizada que passa por ali. Foram vários mutirões realizados pelos moradores: