21 fevereiro 2025

O ECOMUSEU DOS CAMPOS DE SÃO JOSÉ FAZ 10 ANOS!



 Desde 2015, o Ecomuseu dos Campos de São José vem atravessando pontes e conectando pessoas!

Você sabia que o Ecomuseu CSJ está completando 10 anos de existência? São 10 anos promovendo o desenvolvimento local por meio do empoderamento comunitário e da valorização dos saberes populares.

Em nossa 4ª edição, o Projeto “Ecomuseu dos Campos de São José: reflorestando a trilha do Callithrix auritacontinua sendo realizado pelo Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP) com apoio da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental, e encontra ainda mais pessoas e novas possibilidades!


Olha só quantas ações estão sendo feitas nesta década de caminhada:


  • Rodas de conversa semanais com a comunidade local

  • Plantio e manejo de árvores nativas

  • Compostagem comunitária e fomento ao cultivo de hortas comunitárias

  • Mutirões de limpeza, de cercamento e outros

  • Incentivo a economia criativa, como a realização da Feiras de Saberes e Fazeres

  • Ações para conservação da fauna local, com foco no sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita) e nas abelhas nativas 

  • Mapeamento dos patrimônios imateriais da região, buscando pela história oral das comunidades impactadas

  • Atividades de educação ambiental e patrimonial em escolas e outras instituições

  • Oficinas e vivências práticas, encontros de memória musical, sessões de cinema itinerante e outros eventos abertos a todos os públicos


Como uma forma de compartilhar tantas ações, contamos sempre com nossos canais de comunicação. Todos disponíveis para o público, são eles:


  • 4 livros impressos 

  • 17 edições do jornal Campos em Papel

  • Newsletter mensal

  • Série Saberes e Fazeres no YouTube

  • Podcast Prosacast

  • Mais de 10.000 seguidores em nossas redes sociais



Venha fazer parte dessa grande história que está sendo construída no Ecomuseu dos Campos de São José!


QUER SABER MAIS SOBRE O ECOMUSEU CSJ?
Acesse o site www.ecomuseu.org.br  


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Jornal Campos em Papel: https://www.calameo.com/read/006974799ba76b5905b3e 


Núcleo Ecomuseu dos Campos de São José 

Alameda Harvey C. Weeks, 203 

Vista Verde - São José dos Campos - SP

Contato: (12) 99677-5272 - ecomuseu@cecp.org.br / comunicacao.ecomuseu@gmail.com



18 fevereiro 2025

"Quando as aparências enganam: a importância dos ambientes urbanos para a biodiversidade", por Cleuton Lima Miranda

Créditos: Projeto trilha do aurita


Cleuton Lima Miranda

Biólogo e doutor em Zoologia

Pesquisador do Projeto sagui-da-serra-escuro em São José dos Campos

Um dos macacos mais ameaçados do planeta vive em “pedacinhos” ou “manchas de mata” perto dos córregos na zona urbana de São José dos Campos. Como isso é possível? Isso é bom ou ruim? Eu te convido, estimado leitor, a continuar a leitura para entender um pouco sobre essa questão.

Ao ouvir o termo “meio ambiente” suponho que já imagine a zona rural, parques naturais ou áreas verdes afastadas de onde você mora, necessitando se deslocar maiores distâncias ou mesmo viajar para ter acesso à natureza. Depois, no retorno para a zona urbana da cidade encontraria seus muitos prédios, residências, avenidas com trânsito e rodovias.

Créditos: Rafael Augusto da Silva / Projeto Trilha do aurita

Você não está errado ao pensar assim, mas preciso alertá-lo para o fato de que a natureza também está perto de você: em seu bairro, no trajeto para o trabalho, no seu dia-a-dia. Mas como? Nas pequenas “manchas” ou “pedacinhos” de mata que você observa.

Ainda que as “manchinhas”, chamadas também de fragmentos, muitas vezes tenham poucas árvores, às vezes queimadas, estejam ao lado de rodovia ou em uma praça da frente de uma avenida movimentada, existem animais e plantas lutando para sobreviver e ajudar a regenerar essas áreas, importantes para nossa saúde e bem-estar.

Aqui, em São José dos Campos, temos muitos fragmentos onde incrivelmente ocorre o sagui-da-serra-escuro, o macaquinho ameaçado citado no início do texto. Os perigos são muitos para essa espécie já tão ameaçada, incluindo ausência de ambientes contínuos conservados, atropelamentos, morte por eletrocussão, ataques por cachorros e gatos e também pelo equívoco de alguns cidadãos que, ao alimentá-los com banana, pão, doce, batata e muitas outras comidas cheias de amido e açúcar, infelizmente podem prejudicá-los, causando cáries nos dentes e outras doenças.

Créditos: Laila Santana
Créditos: Laila Santana /
Ecomuseu dos Campos de São José:
reflorestando a trilha do Callithrix aurita

Um trabalho muito importante tem sido desenvolvido no município para melhorar as condições para sobrevivência desta espécie de sagui. Este projeto chama-se Ecomuseu dos Campos de São José reflorestando a trilha do Callithrix aurita e é realizado pelo Centro de Estudos da Cultura Popular em parceria com a Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental. Este trabalho é um desdobramento de um projeto anterior, liderado pela Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade da Prefeitura de São José dos Campos em parceria com a Universidade Federal de Viçosa, por meio do Centro de Conservação dos Saguis-da-Serra (CCSS/UFV). 

Portanto, o projeto atual, em seu novo formato, é liderado pelo Ecomuseu, em parceria com o CCSS/UFV  e continua com o apoio imprescindível da Prefeitura de São José dos Campos, demais instituições renomadas como o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade e Universidade do Vale do Paraíba. O Ecomuseu tem o objetivo de mobilizar cidadãos para cuidar do patrimônio cultural e natural de São José dos Campos, realizando desde rodas de conversa, mutirões de limpeza e atividades educativas até estudo científico para elaboração de plano de manejo do sagui, plantio de milhares de árvores nativas e elaboração de texto de projeto de lei para regulamentar a prática da agricultura urbana e periurbana no município.  

Créditos: Projeto trilha do aurita

Pesquisadores financiados pelo CECP/Ecomuseu e pela Prefeitura de São José estão se dedicando a levantar e mapear locais onde esses macacos vivem, sobretudo, na zona urbana do município, qual a situação atual e os potenciais riscos, contando com a valiosa ajuda da população. Sem essas informações é impossível elaborar as ações necessárias para melhorar o nível de conservação dessa espécie, a nossa biodiversidade urbana (outros animais e plantas) e aumentar nossa qualidade de vida através do contato com a natureza e nossa resiliência aos eventos climáticos.

Podemos contar com a sua colaboração? Compartilhe esse texto e ajude os pesquisadores, informando quando encontrar saguis, pelo e-mail fauna.ecomuseu@cecp.org.br e Wpp (12) 98824-4590[EdCdSJ1] . Torne-se um parceiro dos Projetos Callithrix aurita e sagui-da-serra-escuro!

Créditos: Projeto trilha do aurita

Créditos: Projeto trilha do aurita

Créditos: Projeto trilha do aurita

Créditos: Projeto trilha do aurita