15 setembro 2015

Moradores do Campos de São José realizam Feira dos Saberes e Fazeres

Instrumento musical feito por um dos moradores do bairro
Moradores do bairro Campos de São José, na região leste da cidade, estão se organizando para realizar no dia 19 (sábado) deste mês, entre 10h e 14h, uma feira de produtos artesanais e culinários feitos pela própria comunidade. A Feira dos Saberes e Fazeres – Trecos e Tarecos, nome escolhido pelos próprios participantes, é uma das iniciativas do Projeto Ecomuseu Campos de São José, que vem sendo desenvolvido desde março deste ano pelo Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP), com patrocínio da Petrobras.

A feira será realizada no Parque Alambari, área pública existente no bairro, e foi sugerido pelos próprios participantes do projeto. Além da exposição e venda de produtos, a feira também terá apresentações de artistas populares, como músicos e pintores moradores locais. “Nossa intenção é divulgar, por meio da feira, os saberes e fazeres dos moradores do bairro, transmitida de geração em geração de maneira espontânea”, enfatiza Maria Siqueira Santos, coordenadora do Projeto Ecomuseu.

Mais uma ação

O evento é mais uma ação que faz parte do Projeto Ecomuseu e vem sendo discutido pelos moradores em rodas de conversas realizadas em suas próprias residências. “Tanto o formato como o que será exposto, vendido ou apresentado foi decidido por todos. Até mesmo o ofício encaminhado à Prefeitura, solicitando autorização para realizar a feira em área pública, foi preparado por toda a equipe”, enfatiza Maria Siqueira.

A Feira dos Saberes e Fazeres – Trecos e Tarecos será montada pelos próprios participantes, que vão usar de muita criatividade e improviso. O morador Juvenal dos Santos, conhecido no bairro por vender CDs, já se comprometeu a fazer uma gravação para anunciar a feira pelo bairro, utilizando um sistema instalado em seu ‘carrinho de som’. Apesar disso, o CECP providenciou cartazes e vem divulgando a feira pelo blog do projeto.

A lista de participantes já chega a 17 expositores e até o dia do evento pode aumentar. Um grupo de cinco moradores está à frente da produção da organização, se preocupando com as principais providências. Está prevista a venda de esculturas em argila e arame, artesanato de bambu, em crochê e de material reciclável, bordados, capas para almofada, brinquedos feitos em madeira, instrumentos musicais também de material reciclável, bolos e biscoitos amanteigados.

As reuniões acontecem nas casas dos próprios moradores
Solidariedade e empolgação

Em seis meses de projeto, o sentimento de comunidade é um dos fatores que mais tem contagiado o grupo. O morador Vicente Corrá, por exemplo, é um dos mais participativos, sempre procurando ajudar do jeito que pode. Assim também é Nadir, Terezinha, Élio, Cidinha e tantos outros participantes do projeto.

Sérgio Sena também é um bom exemplo de participação e solidariedade, fazendo questão de expressar sua satisfação em receber a todos em sua residência na reunião do dia 3 de setembro. “Somos uma comunidade e participar do Projeto Ecomuseu tem nos ajudado a aumentar o ciclo de amizades”, diz ele. Sena tem formação técnica e também é artesão e gosta de inventar coisas. Além de participar da feira, ele também está ajudando na organização.

Tatiane Dias da Silva era uma das mais empolgadas na noite do dia 3. Ela estava participando da roda de conversa pela segunda vez e não perdeu tempo em confirmar sua participação na feira, dizendo que faria um bolo de cenoura para vender. “Faz pouco tempo que estou participando, mas já começo a ver as pessoas de outra forma, está me fazendo muito bem”, relata.

Patrimônio cultural

A presidente do CECP, Angela Savastano, aproveita as rodas de conversa para ressaltar o objetivo principal do Projeto Ecomuseu, que visa identificar e valorizar o patrimônio cultural de cada morador, para que todos sejam responsáveis pelas próprias conquistas e melhorias de suas vidas e da comunidade onde moram. “Precisamos conhecer e valorizar a sabedoria de cada um, o que importa é o que cada um é”, diz ela.

Para Angela, a realização da feira tem um propósito muito maior do que ser apenas uma oportunidade para que os moradores possam comercializar e expor seus trabalhos ou apresentar o que sabem fazer. “Será um momento onde poderão se conhecer melhor, fortalecer as amizades e se organizar para novas melhorias do bairro onde moram”.

Contato

Os moradores que ainda tiveram interesse em participar da feira podem fazer contato com a equipe do ecomuseu pelo telefone 99633-5597 pelo e-mail ecomuseusjc@gmail.com ou ainda pela página do projeto no Facebook (Projeto Ecomuseu Campos de São José).

O Projeto Ecomuseu é uma realização do CECP, com apoio da Prefeitura de São José, Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR), Museu do Folclore de São José dos Campos, Associação Brasileira de Ecomuseus e Museus Comunitários (Abremc) e Comissão Nacional do Folclore (CNF).

Mais informações: (12) 99633-5597 ou ecomuseusjc@gmail.com


Texto da Assessoria de Imprensa do Projeto Ecomuseu Campos de São José

14 setembro 2015

Convite para a Roda de Conversa de 17/09/2015


Sobre a Roda de Conversa do dia 10/09/2015

Na última quinta feira realizamos mais uma Roda de Conversa do Projeto Ecomuseu Campos de São José. Desta vez a reunião aconteceu na casa do seu Élio e da d. Terezinha. Contamos com a participação de mais dois moradores do bairro, a Aline e o Wellington. 
A Aline é fazedora de bolachinhas amanteigadas, saber que adquiriu com sua avó, de quem recebeu o livro de receitas; o Wellington mora no bairro há 18 anos e sabe fazer brinquedos em madeira e em argila. Ambos foram convidados pela Rose, que estava participando da Roda pela segunda vez. 

Continuamos a produção de nossa Feira dos Trecos e Tarecos e atualizamos nossos recados. 
Já temos 17 inscritos para expor seus saberes e fazeres no próximo sábado, 19/09, no Parque Alambari. Além disso, tem o pessoal que vai ajudar na organização do evento, como o Vicente, o seu Élio, o Carlos e a Eliana. O evento ocorrerá das 10:00 às 14:00 horas. 
Todos estão convidados a participar!

A seguir algumas fotos do encontro. Os créditos são do Célio e do Oto.













 


2ª Oficina de Comunicação para Jovens - Fotografia




O Projeto Ecomuseu Campos de São José convida a todos os jovens moradores e estudantes do Campos de São José para participar da 2ª Oficina de Comunicação para Jovens. 
O tema será a Fotografia. A ideia é trabalhar com os jovens do bairro a linguagem fotográfica: questões técnicas e subjetivas acerca da produção de fotografias. 

Para a realização desta Oficina foi convidado o fotógrafo Francisco Lacaz Ruiz, o Chico Abelha, cujo trabalho na área é reconhecido em São José dos Campos e na região do Vale do Paraíba. Chico também trabalhou como fotógrafo no 23º Volume do Caderno de Folclore - "O Saber e o Fazer no Museu do Folclore II", e faz a produção do Museu Vivo, programa realizado pelo Museu do Folclore nas tardes de domingo. 

A 2ª Oficina de Comunicação para Jovens acontecerá no dia 28/09/2015, a partir das 14:00 horas, na E. E. Valmar Lourenço Santigo, situada à rua Dantas Luiz do Prado, nº 345.

Quem tiver interesse em participar da Oficina, leve uma câmera fotográfica. Pode ser máquina pequena, grande ou telefone celular. Quem não tiver, mas quiser participar mesmo assim, pode chegar!

Esta é uma iniciativa do Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP) e conta com o patrocínio da Petrobras.  

11 setembro 2015

4º Encontro da Oficina de Comunicação para Jovens


Após a semana de divulgação do EcoMuseu nas escolas Valmar Lourenço e Maria Amélia, foi realizado o 4º Encontro da Oficina de Comunicação para Jovens, na própria escola Valmar, que cedeu seu laboratório de informática para uso do Projeto, no período da manhã, do sábado de 22/08.

Estavam presentes Maria, Renata, Fábio, Sérgio Sena, morador do bairro e participante ativo no EcoMuseu e um novo integrante para o grupo: Célio Cândido, aluno da escola Maria Amélia, que ficou conhecendo o Projeto após a divulgação.

Célio demonstrou muito interesse pela proposta do que é um EcoMuseu e de poder fazer parte do projeto. Gosta muito de mexer no computador e criar coisas novas, então logo criou afinidade com a ideia das oficinas de comunicação para jovens com bastante pró-atividade. É um estudante dedicado. Conta que por seu excelente desempenho nas aulas, foi convidado a fazer cursos extraclasse de Biologia e Física. Conta também sobre a iniciativa que alguns amigos e ele tiveram de montar uma horta sustentável na escola, com sistema de irrigação desenvolvido por eles mesmos.

Começou escrevendo sua própria apresentação:
"Oi, meu nome é Célio Cândido da Silva Neto, sou aluno do 7ºB da Maria Amélia Wakamatsu
do Campos de São José. Essa é minha primeira vez no projeto e estou achando bem legal."



 A presença do Sergio Sena animou bastante Célio. Sena relatou para ele sua participação até o momento e inclusive demonstrou parte de seus saberes e fazeres na oficina: tocou a flauta produzida por ele mesmo e criou artesanatos em arames para enfeitar lápis, que distribuiu para os professores presentes na escola e também para Célio.


Célio logo se animou e deu ideias: sugeriu uma entrevista com o Sena. Para esta entrevista, já começou a escrever o roteiro com as perguntas que gostaria de fazer, deu sugestões de vídeos para gravar, idealizou uma coluna para o blog, que como exemplo chamou de “EcoMuseu News” e explicou que é interessante fixar um dia da semana para postar as entrevistas, para criar expectativa nos leitores.

"A reunião mostrou qual o objetivo do projeto e como pretende realizar isso. A equipe do EcoMuseu me mostrou várias coisas interessantes como jornais antigos, as câmeras de gravação, blog do projeto e deixaram eu escrever para o artigo do blog!"

Disse que tem amigos interessados em participar e vai chamá-los para o próximo encontro.
A entrevista com o Sena foi agendada para a semana seguinte, na casa do entrevistado.