15 setembro 2021

15ª Primavera de Museus - Lançamento da 3ª edição do Ecomuseu dos Campos de São José

Em 2021 o IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus) propõe como tema da 15ª Primavera de Museus pensar, neste contexto de pandemia, sobre as perdas e os recomeços que tangem os museus brasileiros.

Neste sentido é que o Ecomuseu dos Campos de São José, que inicia agora sua 3ª edição, prepara uma programação híbrida, com atividades presenciais e virtuais, de forma a indicar uma nova maneira dos museus interagirem com seu público participante.

No dia 24 de setembro acontecerá uma Live de Lançamento desta 3ª edição do Ecomuseu com a participação de representantes do CECP/Ecomuseu, instituições parceiras e moradores participantes das atividades. O evento será transmitido no Facebook do Ecomuseu a partir de 19h30.

No dia 30 de setembro teremos, com o apoio da Prefeitura Municipal de São José dos Campos, o plantio de 30 mudas de árvores nativas na APP do rio Alambari, no Parque Alambari, bairro Campos de São José. O evento acontecerá às 9h00 e é parte também da 1ª Semana Vicente Carlos Corrá, atividade que marca a reinauguração do viveiro de mudas da Florestinha.

Além disso, propomos às escolas parceiras da região uma trilha virtual do patrimônio. Na ocasião, a equipe do Ecomuseu apresentará uma trilha virtual utilizando ferramentas de georreferenciamento disponibilizadas na internet para compartilhar com os estudantes informações e histórias dos patrimônios locais, como o Centro Histórico, o Parque Vicentina Aranha, o Complexo Tecelagem Paraíba e, por fim, os patrimônios naturais da região leste/sudeste. As datas propostas para esta atividade são: 29 de setembro (períodos matutino, vespertino e noturno) e 30 de setembro (período vespertino).

PROGRAMAÇÃO:

24/09 - 19h30 - Live de lançamento da 3ª edição do Ecomuseu dos Campos de São José

29/09 e 30/09 - Trilha virtual do patrimônio

30/09 - 9h00 - Plantio de mudas na APP do rio Alambari no Campos de São José

 

O Ecomuseu dos Campos de São José é uma realização do Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP) que conta com o apoio da Prefeitura Municipal de São José dos Campos e parceria da Petrobras por meio do Programa Socioambiental. Suas atividades abrangem, de forma especial, 17 bairros localizados nas regiões leste e sudeste de São José com Campos. O projeto tem o objetivo de desenvolver o protagonismo ambiental nos atores locais por meio de ações de valorização e fomento das culturas populares, dos saberes e fazeres do dia a dia que evidenciam processos históricos, identidades culturais, enraizamentos e empoderamentos sociais. Em seu plano de trabalho apresenta uma série de atividades de educação patrimonial e ambiental que colaboram com as instituições parceiras no objetivo comum de promover a cidadania e desenvolver a sustentabilidade a fim de garantir um planeta habitável para as gerações futuras. 
 
 
 

01 setembro 2021

CECP divulga processo seletivo de funcionários e prestadores de serviço

O CENTRO DE ESTUDOS DA CULTURA POPULAR (CECP), associação civil sem fins lucrativos, qualificada como Organização da Sociedade Civil, inscrita sob o CNPJ/MF 03.074.600/0001-92, torna público, a quem possa interessar, a abertura de inscrições para participação no processo de seleção de profissionais.

Neste dia 1º de setembro o CECP lança dois editais, um para seleção de funcionários e, o outro, para seleção de prestadores de serviço. Os editais selecionarão para preenchimento de vagas imediatas e para formação de cadastro de reserva. As áreas abrangidas nos editais são: administrativa, comunicação, educação ambiental, produção cultural, pesquisa sociocultural e permacultura/agroecologia. O processo seletivo será composto de três etapas e ocorrerá durante o mês de setembro.

Os currículos deverão ser enviados para o e-mail ecomuseu@cecp.org.br até 8 de setembro de 2021. No assunto, o candidato deverá indicar a área pretendida.

Para maiores informações, acessar os editais disponíveis no blog do CECP (http://cecpdesaojose.blogspot.com/), na aba denominada “Atos Convocatórios”. As solicitações de esclarecimentos e pedidos de informações formulados pelos proponentes deverão ser encaminhadas por escrito para o e-mail ecomuseu@cecp.org.br.




23 junho 2020

Agrofloresta no Parque Alambari - parte 3

Dando sequência à história da Agrofloresta do Parque Alambari, estamos no ano de 2017. Nesta época ainda chamávamos o local de Fazendinha, pois foi assim que a Vitória, neta do Vicente, nomeou o local onde seu avô passava grande parte do tempo.
Neste período, embora sem qualquer patrocínio, as atividades no espaço continuaram... mesmo que em passo mais lento.
As mulheres da vizinhança assumiram o trabalho e definiram o Espaço das Meninas, onde começaram a organizar os canteiros e fazer seus cultivos. Realinhamos o trabalho com novos parceiros, como o prof. Edvaldo, da Univap, e o pessoal da Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade.







Agrofloresta no Parque Alambari - parte 2

Falar da recuperação de parte da mata ciliar do córrego Alambari é emocionante demais! Nos faz lembrar do amigo Vicente Corrá, de sua alegria e perseverança em cuidar daquele espaço. Nos faz lembrar também da força dessa vizinhança que não deixou se abater em momentos de grande dificuldade para continuar o cuidado desse espaço público fundamental para a vida de tantos seres. Só temos que agradecer! É lista é enorme, mas deixo em destaque os nomes de Eliana e Sérgio Sena, Ivone e Vicente, Élio e Terezinha, Josefa e Rafael, Josefa e Agmar.

Essa história começou em 2015, quando iniciamos o Projeto Ecomuseu no Campos de São José. Durante as rodas de conversa, os moradores participantes levavam os objetos frutos dos seus saberes e fazeres, como blusas de crochê, tapetes de fuxico, cestos de bambu, pinturas de paisagens, bolos e doces.












Certo dia, o Vicente e o seu Élio comentaram a respeito de seus saberes da roça, e que não podiam trazer a vaca para mostrar como eles tiravam leite. Conversa vai, conversa vem, comentaram sobre a vontade de cultivar uma horta comunitária em frente à suas casas, bem na área de mata ciliar do córrego Alambari.

Sabendo que ali era uma área pública e de preservação, convidamos o pessoal da divisão de Educação Ambiental da Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade, que naquela época se chamava Secretaria do Meio Ambiente, e começamos uma conversa sobre a possibilidade de fazer um plantio de horta ali, às margens do Alambari.

Participação de Elisa Farinha, da SEURBS, na roda de conversa do Ecomuseu, em agosto de 2015.











Visita de campo de Luciano e Rosana, da SEURBS, para verificar a possibilidade de cultivo de horta comunitária. A visita ocorreu em setembro de 2015. Também participaram Olinda e Ricardo, agentes comunitários de saúde da UBS do CSJ

Feita a visita, a resposta que recebemos nos surpreendeu. Sim, os moradores poderiam cultivar ali... Mas, tinham que topar uma condição: que fosse cultivada não uma horta, mas uma agrofloresta. Por se tratar de uma Área de Preservação Permanente, a conhecida APP, era preciso recuperar a mata, e isso poderia ser feito em consórcio com os gêneros alimentícios.

Os moradores toparam e em novembro de 2015 recebemos as primeiras mudas de árvores para ser plantadas. Nessas primeiras etapas, tudo ficou a cargo dos moradores: preparar o terreno com roçada, abrir os berços, cercar contra invasão de gado, plantar as árvores, adubar, regar. No meio de tudo isso, a horta.
























Cenas da primeira etapa de plantio


Depois veio a questão da água, pois ficava caro para os moradores bancar a água para os cultivos. Discutimos estratégias e ficou combinado que faríamos captação de água de chuva. É claro que em pequena escala, devido às restrições orçamentárias e de espaço para instalação da bombona. Seria um projeto piloto. E assim foi. O Vicente e a Ivone cederam, a princípio, o quintal de sua casa para a instalação da mini cisterna, depois o Sena e a Eliana fizeram uma instalação na casa deles também. A água captada não foi suficiente, especialmente porque nosso reservatório era pequeno, mas ajudou bastante e mostrou que, sim, era possível captar água da chuva.
Tivemos novamente o intercâmbio com o pessoal da Educação Ambiental da Prefeitura, que nos ajudou num projeto piloto de compostagem e foi nos dando consultorias técnicas para seguir com as ações. Elisa, Luciano e Rosana sempre nos receberam com muito carinho e atenção. Conseguiram até fornecer materiais para a construção de uma composteira de paletes e mais mudas de árvores nativas.





Visita do Ecomuseu ao Parque da Cidade, 2016.








Colocação de placas de identificação das plantas na Fazendinha, nome dado ao local de plantio dos moradores do CSJ







Visita ao projeto de compostagem do Parque da Cidade e montagem da composteira no CSJ